Quarta-feira, (30), na cidade de Cocal-PI, uma guarnição da 1ª CIA, do 31º BPM, foi acionada para atender uma ocorrência incomum; um récem-nascido de apenas sete dias de vida estava engasgado, com grande dificuldade de respirar. A equipe da PM compareceu ao local, e graças à intervenção da soldado Juliane Marinho, que executou a manobra de Helmlich no bebê, não aconteceu uma tragédia familiar. Juliane, que tem apenas um ano e meio de serviço, não pensou duas vezes antes de entrar em ação, mesmo estando de folga. "Eu estava de folga e a guarnição estava me levando pra rodoviária.

No meio do caminho, veio essa ocorrência. Eu disse: Vamos pra ocorrência!. É Deus mesmo conduzindo. Chegamos rápido, e a mãe da criança estava aos prantos, gritando que ele já tinha morrido. O bebê estava todo roxo, sem sinais vitais. Já estavam tentando levar ele de moto, mas eu peguei a criança, coloquei de bruços e comecei a fazer a manobra”, disse.Juliane disse, que, a princípio, o recem-nascido não reagiu à intervenção, o que aumentou a tensão emocional de todos, incluindo os pais que estavam em desespero. Porém, insistindo na manobra, o bebê, enfim, deu um 'chorinho', trazendo esperança. Depois de recuperar a respiração, o bebê foi conduzido ao hospital para melhor avaliação. 

O Jc24horas entrevistou a heroína, Juliane, que também é mãe, confira:

JC - Juniane, parabéns! Fale pra gente como aconteceu, conte os detalhes que não conseguimos mostrar na reportagem anterior.

JULIANE - Eu estava saindo de serviço, e tinha perdido o ônibus para Teresina. Saio às 08h00 e já eram mais de 09h00. São as coisas de Deus, né? A viatura estava me levando até o Terminal Rodoviário, e no meio do caminho foi acionada para esta ocorrência. A pessoa que ligou estava desesperada, e dava para ouvir os gritos. Dava pra ouvir; "tá morto, ele já tá morto!". A gente começou a passar instruções para a mãe pelo telefone, mas a gente sabe que nessas horas, no desespero, a pessoa nem escuta. Então decidimos ir pra lá imediatamente. Ligamos a sirene tentando chegar o mais breve possível. A casa fica numa avenida e vimos que já tinha gente com o bebê numa moto para levar ao hospital. Eu intervi e disse; me dê o bebê.Então, peguei e virei o bebê de bruços, apoiando ele na minha perna e comecei a fazer massagem, mas como era um bebê 'muito novinho' fiquei com receio de forçar. Mas, ele não reagia, então resolvi forçar mais um pouco... ouvi um chorinho dele e fiquei feliz! Vendo isso, forcei mais um pouco e aí ele chorou bastante. De repente todo mundo ficou feliz. Como já fazia algum tempo que ele estava sem respirar, a gente levou ao hospital para os últimos socorros. Ele foi na viatura com o olhinho aberto e, graças a Deus, deu tudo certo. A mãe me abraçou, a gente acaba se envolvendo e emociona junto, o que é gratificante. Eu sempre coloco Deus adiante da minha vida e sempre direi que foi Ele. Inclusive, antes de chegar ao local da ocorrência eu pensei comigo mesma; "Meu Deus, me usa pra salvar essa criança!"

JC - Com certeza Deus lhe ussou...com certeza!

Assista ao vídeo do salvamento: