No dia 13 de outubro do ano passado, a reportagem do jc24horas tomava conhecimento através de mensagens de áudio no whatsapp, enviadas pelos moradores do assentamento Santa Clara relatam de uma tragédia que aconteceu numa tarde de domingo.
Na ocasião nós recebemos dois áudios sendo um homem e uma mulher que chorava durante o relato. "Oh! gente, infelizmente o fogo aqui na Santa Clara deixou quatro vítimas. Morreu uma família inteira. Quando eles foram sair de casa o fogo veio por um lado e pelo outro. Morreram o Aildo mais a Hilda, um filho dela que era deficiente mais a mãe dela". Dizia aos prantos uma moradora da localidade. Essa tragédia compelta um ano neste dia 13 de outubro. Confira o vídeo.
Da redação
Hoje, (12), é uma data extremamente expressiva, pois além de ser o Dia de Nossa Senhora Aparecida, e Dia da Criança, é também o Dia da Leitura. Para bater um papo sobre a data literária, o Jc24horas entrevistou o escritor canavieirense Abdias Castro, que é autor de nada menos que 19 livros publicados. Confira a entrevista:
JC - Como é que está o hábito da leitura do povo brasileiro? Monteiro Lobato disse que um país se constrói com homens e livros, o Brasil está realmente sendo construído com homens e livros?
ABDIAS CASTRO - A leitura permanece como sempre esteve, nunca houve uma época no Brasil um tempo em que a leitura se destacou, que o povo brasileiro estivesse com o hábito de ler em ascensão. A leitura sempre precisou de 'incentivos' Quando se fala em leitura na escola tem sempre a palavra 'incentivo'. Incentivar uma pessoa a ler é como tentar convencer uma pessoa de que no fundo do quintal dela existe uma mina de ouro, mas a pessoa resiste a ir explorar. A leitura não é um hábito vulgar, é um hábito de excelência. O público leitor será sempre reduzido, porém nos dias atuais, dias da era digital e da inteligência artificial esse hábito está correndo um grande risco de cair em desuso. Digo inclusive no sentido estudantil, pois a prática da leitura recreativa é que traz conhecimento, a vontade de ler, a paixão pela leitura, não se consegue imprimir em indivíduo algum. Mas, se na base, no ensino primário, isso for trabalhado, não como aquele 'incentivo', mas como disciplina continuada.
JC - Pra tudo na vida é preciso incentivo, no Brasil você acha que existe essa motivação para o hábito da leitura por parte dos administradores em relação aos estudantes?
ABDIAS CASTRO - Essa falha é crônica, o incentivo à leitura deveria ser revisada, tinha que dar um passo atrás e entender que se não há incentivo à escrita, incentivo aos escritores, como podemos incentivar os leitores? A Educação, tenta justificar essa ausência com esses incentivos esporádicos. É uma forma burlesca, extremamente hilária... querem 'incentivar' alunos a ler levando palhaços para a sala de aula. É nadar contra a maré... Porque a leitura é um ato intenso e pessoal, não tem a ver como atrativos externos. A leitura é algo que precisa ser despertada levando-se em conta a realidade do aluno. Quando um palhaço entra em um ambiente a coisa certa que não teremos da audiência é concentração. Então, esse seria o primeiro erro; tentar convencer pelo hilário. Para despertar o interesse de uma criança à leitura, a primeira coisa que deveria existir era a retirada desse fomento estudantil à leitura do contexto recreativo esporádico. Antes disso deveriam existir rodas de leitura, clubes do livro, feiras do livro, crianças sendo incentivadas a contar histórias, (como disciplina escolar). Que essas crianças e adolescentes tivessem acesso a interagir com lendas da literatura piauiense... não adianta remeter a criança a autores distantes e antigos como Drummond de Andrade, Clarice Lispector... traz a criança para a realidade dela, porque está mais perto dela. Isso seria um grande avanço. Trazer essas crianças para conhecer José Paraguassu, dedilhando um violão e falando dos seus livros e poesias. Mas isso não é "lá um dia..." É oferecer oportunidade constante para esse encontro entre o aluno e o escritor, dentro da realidade pedagógica do município. Eu citei "meu município" porque citei o Paraguassu, mas não estou fazendo uma crítica local.
JC - Antes de encerrar me diga até que ponto a tecnologia facilitou para o escritor. Ou seja, quais os prós e contras da tecnologia na vida do escritor? Antes era muito difícil, tinha que ficar indo na gráfica... hoje recebe-se tudo muito rápido. Facilitou por esse lado mas agora quase todos os livros podem ser acessados e lidos pelo computador ou celular.
ABDIAS CASTRO - A tecnologia cumpriu supriu a necessidade de aproximar o escritor do leitor. Não tenho nenhum 'contra' à tecnologia. Assim, o que poderia apontar como negativo seria que está tudo misturado, o que presta e o que não... eu nem posso dizer que não presta, porque cada um tem seu gosto. Mas assim, tá tudo misturado...o ouro e o que você possa imaginar está tudo ali. O leitor é quem vai formatando dentro do contexto digital que nós vivemos hoje, aquilo que ele acessa é o que as redes vão enviar pra ele. Quanto mais você acessar bons escritores, bons livros, é por ali que você será endereçado para aquele destino. Eu escrevo desde os 16 anos, eu escrevia e guardava tudo sem esperança de poder algum dia ter um canal como esse seu do Jc24horas pra gente estar falando sobre isso. Mas se a era digital já tivesse chegado nos meus 16 anos, eu poderia ter falado do meu livro que eu estava escrevendo, das histórias em quadrinhos que desenhei. Mas eu não tinha nenhum acesso. Me lembro que enviei 5 revistas desenhadas por mim à antiga editora Vecchi, que publicava Tex, Ken Parker... recebi a resposta quase um anos depois. E era: "só publicamos autores estrangeiros". Assista ao vídeo:
Da redação
Desde o início dos nossos trabalhos há mais de dez anos que a palavra amigos é a primeira a ser pronunciada em nossas matérias. Não é por acaso que iniciamos dessa forma nossas reportagens, a palavra amigo tem um significado especial pra nós.
Recentemente a cidade de Floriano viu a força da amizade quando o Francisco Inácio, conhecido como Tim enfrentou problemas de saúde longe de casa, durante um evento de trabalho em Brasília. A transferência dele para Floriano foi resultado da união de todos os seus amigos e até de pessoas que ainda não tiveram a oportunidade de conhecê-lo mas acompanharam e ficaram sensibilizadas com a campanha.
Os amigos do Tim refletem a grandeza de ser humano que ele é. "Diz-me com quem andas e te direi quem tu és". Partindo dessa premissa, esta foto mostra quatro pessoas de grandezas imensuráveis. Sr Antônio, Benedito, Pereira e Conegundes visitando o amigo Tim e saboreando um suco que só quem já tomou sabe quão saboroso é, afinal de contas é feito e servido pela Ana Amélia, esposa do anfitrião, uma pessoa extremamente educada que ao lado do Tim faz com que os visitantes sintam-se bem a vontade, as visitas sejam duradouras, agradáveis e frequentes.
Parabéns a todos vocês pelo belo exemplo de amizade. Parabéns ao casal Ana Amélia e Tim Mendes pela forma carinhosa e acolhedora como sempre recebe seus visitantes.
Da redação
Na noite do último sábado (11), o 3º subgrupamento do CBMEPI na cidade de Esperantina, foi acionado para realizar o combate a um incêndio em vegetação de grandes proporções no município de Batalha. As chamas assustaram populares, devido a proximidade com residências.
Prontamente, as equipes do 3º subgrupamento se dirigiram até o local da ocorrência, solicitando apoio para a guarnição de incêndio da Operação Protetor dos Biomas 2025, e para as equipes do 6º grupamento de Bombeiros Militar do CBMEPI, na cidade de Piripiri. De acordo com o relato de populares, o fogo teve início por volta das 14h24 do sábado (11), e se estendeu por toda a madrugada do domingo (12), atingindo uma área estimada de quase 130 hectares de vegetação.
Com apoio da Prefeitura de Batalha, do monitoramento via satélite das áreas afetadas, realizado pelo Corpo de Bombeiros, e da atuação estratégica das equipes, o incêndio foi extinto nas primeiras horas deste domingo (12), após cerca de 16 horas de combate. De acordo com o sargento Thiago, bombeiro militar da guarnição de incêndio da Operação Protetor dos Biomas, os militares enfrentaram alguns desafios durante a operação.
“Com apoio do monitoramento via satélite, atendemos os bairros Santa Cruz e Santa Fé, localizados em regiões mais altas, de morros íngremes, mata seca e de difícil acesso. Para o combate, utilizamos água, sopradores, e técnicas de contra-fogo, que possibilitaram o combate tanto na região de mata quanto na região urbana. Os prejuízos registrados, foram ambientais, com a queima de vegetação e queima de parte de um pasto. Ninguém se feriu e o fogo não atingiu as residências”, garantiu o sargento Thiago.
A coordenação estratégica das ações no município, realizada pela Secretaria de Segurança Pública, e pelo comando operacional do Corpo de Bombeiros, também fez a diferença para o sucesso da operação. “Quando o fogo começou a avançar em direção às residências, todas as equipes envolvidas, incluindo o 6º grupamento de Piripiri, e os militares da guarnição dos protetores dos biomas, chegaram no local com rapidez e deram suporte ao combate, que já vinha sendo realizado pelo subgrupamento de Esperantina. O excelente tempo-resposta possibilitou essa proteção do patrimônio da população”, esclareceu o Cabo Albuquerque, bombeiro militar e integrante da coordenação da Operação Protetor dos Biomas 2025.
No momento, equipes do Corpo de Bombeiros Militar continuam no município, realizando através de satélite, o monitoramento de focos de incêndio ainda ativos, mas já controlados.
“Cada foco controlado representa o resultado dessa integração, da inteligência no planejamento, e na dedicação das equipes que estão na linha de frente, protegendo vidas, comunidades e o meio ambiente”, finalizou o sargento Thiago.
Fonte e foto: Ascom CBMEPI
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